UNIDADE ESCOLAR: Escola Estadual Mestre Nhola
ENDEREÇO: Rua Araguari, s/n
DIRETORA: Sueli Batista Peres Freitas
NÍVEIS DE ENSINO: 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental
Nº DE ALUNOS: 372

TÍTULO DO SUBPROJETO:
“REDESCOBRINDO GOIÁS”

TEMÁTICA:
Reconstrução de uma nova história da área circunvizinha da escola, somando conhecimentos já adquiridos pelos participantes, bem como trazendo à tona fatos escondidos nos becos, ruas, muros e na própria vida dos moradores desta cidade.

ÁREA DE ABRANGÊNCIA: Asilo São Vicente de Paulo, Beco do Cotovelo (incluindo o córrego Rasgão), Rua 15 de Novembro;
Rio Vermelho (próximo à Nestlé e antigo matadouro) aspecto natural: degradação, conscientização, preservação, saneamento básico, reflorestamento.

AÇÕES DESENVOLVIDAS:

As atividades propostas pelo projeto envolveram todos os alunos da escola, bem como as famílias e a comunidade circunvizinha. Todas as turmas visitaram o beco do Cotovelo (incluindo o córrego Rasgão), Asilo São Vicente de Paulo, Rio Vermelho (próximo à Nestlé e antigo matadouro), rua 15 de Novembro, considerando os aspectos cultural, histórico, social e ambiental. Após cada visita os alunos retornavam para relatar o estudo através de poemas, dramatização, transcrição das entrevistas, trabalhos manuais, músicas, histórias, feira de criatividade, murais, organização de livros.

Visita do prefeito à Unidade Escolar para dar satisfação aos alunos de uma promessa feita em campanha, visando a revitalização do córrego Rasgão, área vizinha à Escola;

Evento de culminância para integração do estudo e divulgação à comunidade dos trabalhos realizados pelos alunos, com o apoio dos pais e/ou comunidade, seguida de confraternização de todos os participantes.

Produção Literária

O Beco do Cotovelo

Passeando pelo beco,
deparamos com uma senhora,
cabelos brancos, bem disposta,
cheia de alegria no coração,
contando histórias assombrosas
com aquela fala mansa,
veja só, Dona Esperança!

Morador no mesmo beco,
alegria da vizinhança.
Roberto com seu violão
canta a vida com amor.
Senhor alegre e matreiro
da cidade de Goiás,
ele é o seresteiro.

Luceli é toda séria
no olhar é encantada.
Alegra sempre as crianças,
contando seus contos de fada.

Dona Alice e seu Castrinho
formam um casal perfeito.
No beco, exímios artesãos
trabalham o barro com carinho.
Grandes artistas eles são.

Lá existe outra mulher
que benze até de sandice.
Para curar todos os males,
suas rezas não têm mesmice.
Doença aqui não tem vez
com a benzedeira Berenice.

Moradora bem antiga
conta história de assombração,
deixa todos arrepiados,
mesmo que seja à luz do dia.
Os vizinhos já conhecem
os causos da Dona Fia.

Como é rico esse beco.
Tanta história que fascina.
Mudou pra lá uma moça
com a alma de menina.
Registra suas memórias
em poemas alegres sem raiva.
Escritora que todos conhecem,
Professora Divina Paiva.

Em meio às histórias tão belas,
bem que podia ser diferente
o destino do Rasgão,
que alegrou a tanta gente.
Antes, um belo riacho,
de águas claras cristalinas,
recanto das lavadeiras,
sonho da meninada.
Hoje, só resta o mau cheiro,
insetos e outros bichos.
Parou de correr água
e passou a ser um lixo,
por isso queremos unir
o povo e as autoridades.
Com um projeto na mão
e gente de boa vontade
vamos resgatar a vida
e continuar a história.
Esta é a bandeira de luta
da comunidade Mestre Nhola

(Alunos e Coordenadora Manoela Evangelista)

Homenagem à Irmã Aspazia

Nós, da Escola Estadual “Mestre Nhola”, estamos agradecendo por tudo que a senhora está fazendo por esses internos. Tudo que a senhora está fazendo vai ser benefício para sua vida espiritual junto a Deus. A senhora seja feliz e viva bem. E que Deus ilumine também todas as pessoas que ajudam essa entidade. (Alunos da 4ª série B)

Relato da moradora mais antiga da Praça Araguari

Dona Maria Pinheiro nasceu no dia 25 de dezembro de 1923. Sua casa foi construída pelo seu avô, no ano de 1908, situada à Praça Araguari, Nº 16. Já fez de tudo um pouco. Casou-se, teve 3 filhos, continuou trabalhando. Dona Maria nos contou que, no “Beco do Cotovelo”, perto da Escola Mestre Nhola, tinha uma água muito limpa, que vinha de um chafariz que existia onde hoje é o armazém D'Ávila e as pessoas pegavam água para abastecer suas casas. Hoje, este local chama-se Rasgão. E os moradores estão poluindo. Entulhos causam um mau cheiro insuportável. Então, antigamente, os moradores lavavam roupas e tomavam banho. Hoje, os moradores estão poluindo e destruindo o meio ambiente.

Carta para Teresa

Querida Teresa,

Nós três, Milton, Albertino e Leonil, mandamos essa carta para você com muito carinho e amor e saudades.
Queremos que você saiba que a nossa cidade está a um passo de se tornar Patrimônio Histórico da Humanidade. Você tem que vir conhecê-la.
Há vários lugares para visitar: o Palácio Conde dos Arcos, Museu da Boa Morte, Museu de Artes Sacras, os artesanatos, as igrejas, a Festa da Pecuária de Goiás, rios e muito mais.
Estamos lhe esperando.

Beijos e abraços

(Milton, Albertino, Leonil - Alunos da 3ª série da Professora Rosângela)

Poema sobre o idoso

Idoso é amigo
e bondoso.
Ele já foi criança,
um dia.

Hoje é nosso
vovô velhinho,
que nos conta
estórias bonitas e
verdadeiras.

Eu amo nossos idosos.
Vamos tratá-los
com carinho e amor.

(Fernanda Matutino)

Poema dos idosos

Eu gosto de idosos
porque também têm seu carinho.
Eu gosto muito deles
porque são carentes.
Também os idosos gostam do amor e não da dor.
Os idosos gostam muito de onde eles moram.
Os idosos são felizes lá.
Porque ganham amor e respeito das pessoas.

NomeIdadeResidência
Zaias72Casa (vizinho)
Fia61Casa (vizinho)
Rita63Casa (vizinho)
Joaquim89Casa (vizinho)
Antônio75Casa (avô)
Joaquina69Casa (avó)

Regiane dos Santos Ferreira (Matutino)

Viva e Reviva Goiás

Nós, alunos da professora Almira, visitamos o Asilo São Vicente de Paulo.
Nós vimos muitos idosos.
A professora Almira deu balinha para cada idoso.
Nós gostamos muito dos idosos.
Todos os idosos são muito educados e carentes, etc...
Todos os idosos são gentis. Quando a professora Almira deu a balinha, quando os idosos tiraram o plástico, eles não jogaram no chão o plástico. Eles jogaram no lixo.
Nós conversamos com a irmã Aspazia e ela contou que o Asilo foi fundado no ano de 1984.
O aluno perguntou quantos idosos tem no Asilo. Ela disse que tem 110 idosos.
Nós demos bênção para uma idosa que a professora Almira disse que era sua prima.
A professora Silvana estava filmando os idosos e o Asilo.
Nós e a professora Almira e a Silvana achamos bom, legal e lindo.
Na hora de ir embora, nós demos tchau para todos os idosos.

PESQUISA DE CAMPO (HISTÓRIA)

-Há algum idoso em sua rua ou em sua família?
R: Sim. Eles se chamam Joaquina e Antônio (avós).

-Estão esses idosos sendo bem acolhidos na família?
R: Sim. Eles são acolhidos pela família toda, etc...

-Relate fatos ocorridos na vida desse idoso: se é doente, se anda sozinho e se tomam remédios.
R: Nenhum desses fatos.

-São aposentados e recebem algum rendimento?
R: Não. Eles trabalham.