Secretaria da Educação do Estado de Goiás
Alto Moreira, nossa história
A Escola vai à vila
Resgate histórico do Bairro João Francisco
Goiás canta seus cantos e seus encantos
Re... Conhencendo Goiás
Amo, por isso cuido
Conheci, agora amo, por isso vou preservar
Nas Trilhas da memória
Bacalhau terceira margem sem barreira
Redescobrindo Goiás
Re cri ação: Recriar Criar - Agir
Descobrindo as origens Calcilandenses
Brincadeiras e Cantigas de roda
Um começo de Vida Dificil
Arraial do Ferreiro, uma história de ontem e de hoje
Um olhar sobre a cidade
Coronal Petrônio: Patrimônio de nossa história
Prazer em Conhecer...
Projeto Memorial: Cidade de Goiás

Benzedeiras na Escola

Alunos da 3ª série da professora Wesley entrevistam moradora antiga do bairro

UNIDADE ESCOLAR: Escola Estadual Dom Abel
ENDEREÇO: Praça Jornalista Goiás do Couto s/n
DIRETORA: Maria de Lourdes Salomé Aquino Dantas
NÍVEIS DE ENSINO: 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental Escola Inclusiva
Nº DE ALUNOS: 432

TÍTULO DO SUBPROJETO:
“NAS TRILHAS DA MEMÓRIA”

TEMÁTICA:
Mobilização da comunidade da escola e do bairro para melhor conservar e valorizar o seu patrimônio histórico, cultural, humano, social, político, arquitetônico e ambiental.

ÁREA DE ABRANGÊNCIA:
Praça Jornalista Goiás do Couto e entorno; Rua Damiana da Cunha; Vila Goiacy (Rua Santo Amaro); Vila Agnelo; Rua Padre Felipe Leddet; Espaço Cultural Vila Esperança.


AÇÕES DESENVOLVIDAS

As atividades propostas pelo projeto ao serem executadas foram divididas de forma diferenciada entre as quatro primeiras séries, da seguinte forma:

As 1as séries, por meio de pesquisas, entrevistas com moradores antigos, trabalho com técnicas artísticas variadas e músicas, brincadeiras, criação de textos, trabalhos, etc.

As 2as séries estudaram a história do Bairro do João Francisco e construíram um livro ilustrado, a partir da análise do poema - “Campo do João Francisco” - Eduardo H. de Souza Filho. Realizaram também visitas a moradores, poetas, e outras personagens que mantêm viva a cultura popular.

Os alunos das 3as e 4as séries viraram repórteres e investigadores buscando conhecer os costumes, tradições, transformações ocorridas, condições ambientais de lazer do bairro, etc., colhendo depoimentos de antigos professores, documentaram por meio de fotos, filmes, vídeos e montaram um livro contando a história da escola.

O espaço cultural Vila Esperança, onde funcionam em extensão duas salas desta Unidade Escolar, participa deste trabalho contribuindo contando histórias dos seus arredores.


Alunos da 1ª série da professora Romilda entrevistaram Otília, moradora antiga do bairro

Produção Literária

Repórteres-mirins da Escola Estadual “Dom Abel”, juntamente com professores, entrevistaram vários moradores antigos do bairro São Francisco, indo em busca da história do bairro, mantendo, assim, vivas nossas raízes e valorizando nossa cultura.


Nas trilhas da memória

Benzimento, cultura popular

Os alunos da 2ª série A da professora Natália, na busca de manter viva a cultura popular, entrevistaram a Senhora Luzia Angélica Duarte, que contou um pouco sobre benzimentos. A senhora Luzia tem 70 anos e escolheu o Bairro João Francisco para morar por este ser um lugar bom e sossegado. Ela nos disse que o benzimento é uma forma de curar, aliviar as dores, através da oração e da fé. Aprendeu a benzer sozinha, de acordo com as suas necessidades.

Existem vários tipos de benzimento como: quebranto, vento virado, hemorragia, mordida de cobra, dor de cabeça, dor de dente, mal olhado, etc. Os benzimentos mais procurados são o quebranto e o vento virado. Antigamente, ela usava arruda para benzer, mas, hoje, ela benze só através de orações.

Nenhum membro de sua família apresentou interesse em dar continuidade nesse saber popular.
Dona Luzia nos benzeu e ensinou-nos um benzimento para hemorragia:

“São Marcos, São Mateus e São Lucas estavam, os três, trabalhando na casa de Deus. Um deles levou um corte. Vamos estancar esse sangue. Água da fonte e o ramo do monte”.



ESCOLA ESTADUAL "DOM ABEL"
Capa do livre produzido pelos alunos

Faichada da Escola Estadual "Dom Abel"

História do nome da escola

A Escola Estadual “Dom Abel”, situada à Praça Jornalista Goiás do Couto, bairro João Francisco, na cidade de Goiás, recebeu este nome para homenagear o Bispo Dom Abel que doou para a prefeitura o terreno para a construção de uma escola e uma área de lazer para a comunidade, a Praça João Francisco.
Dom Abel Ribeiro Camêlo nasceu na cidade de Silvânia, aos 22 de setembro de 1902. Era filho de Damaso Ribeiro Camêlo e Maria Abadia Camêlo. Teve três irmãos, sendo ele o filho mais velho. Fez seus estudos primários e secundários em Silvânia. Iniciou seus estudos filosóficos no seminário Santa Cruz. Concluiu seus estudos teológicos em Mariana (MG), no seminário Maior de São José.

Foi ordenado padre em Silvânia a 8 de maio de 1927. Teve 39 anos de sacerdócio.
Trabalhou como vigário nas Paróquias de Jaraguá, Anápolis e Santa Cruz de Goiás.
Atuando como Vigário Geral da Arquidiocese, foi eleito Bispo titular de Curia e auxiliar da Arquidiocese de Goiás em 06 de julho de 1946 e foi ele o primeiro bispo goiano.

Foi transferido para a Diocese de Goiás, por ocasião da morte de Dom Cândido Penso, onde tomou posse no dia 26 de julho de 1960.

Suas atividades mais relevantes na Diocese de Goiás foram: a criação de novas paróquias, construção do Pré-seminário em Itaberaí, melhoria e ampliação do Orfanato São José, aquisição e melhoria da Rádio Treze de Maio para a Diocese, criação da Tipografia Anhanguera e continuou a publicação do Jornal “Cidade de Goiás” por algum tempo. Continuou as obras da Catedral de Sant'Ana.

Dom Abel, que foi um filho espiritual do grande arcebispo da instrução Dom Emanuel, um grande educador, fundou, organizou e dirigiu várias escolas em Goiás.
Faleceu no Hospital de Caridade São Pedro de Alcântara às 10 horas do dia 24 de novembro de 1966, em conseqüência de um enfarte.

Suas características: humildade, disponibilidade para o serviço da Igreja, mansidão. Sofria para não fazer o próximo sofrer. Viveu pobre e morreu enriquecido apenas com o mérito de suas virtudes e a honra de seus trabalhos, que o consumiram para o bem do povo goiano.



Alunos da 4ª série da professora Maria Aparecida entrevistaram Dona Bárbara, professora aposentada da escola

Alunos da 3ª série da professora Ivoneide entrevistaram Dona Lourdes, artesã.

Poesia, construção do pensamento.

No dia 14 de dezembro de 2000, os alunos da 2ª série A, juntamente com a professora Natália, foram entrevistar o poeta Divino Damasceno de Almeida, residente no bairro João Francisco, próximo à Escola Dom Abel.
O poeta Divino nos contou um pouco sobre sua vida. Aos 11 de fevereiro de 1966, com 8 anos de idade, aproximadamente às 3 horas da tarde, mudou-se para o bairro João Francisco. O motivo da mudança para este bairro foi a deficiência dele, e também por que a casa ficava próxima da Escola Dom Abel, onde estudou.

Aos 20 anos de idade, juntamente com seu primo Donizete, começou a escrever poesias. A primeira poesia foi Casinha do Bosque, daí por diante não parou de escrever.

Ele diz que fazer poesia não é sempre bom, pois é muito difícil colocar o que tem dentro da gente na cabeça dos outros.

Hoje, aos 42 anos, continua escrevendo, pois diz que a poesia é uma construção de pensamento, podendo compará-la com o pedreiro, não tem inspiração e sim a vontade.

Já publicou várias poesias e livros, sendo dois no Rio de Janeiro e dois em Brasília.
Para terminar a nossa entrevista pedimos que recitasse algumas poesias e, como todo poeta, ele fez uma poesia para nós.

O amanhecer de hoje

Divino Damasceno

Quero a chuva.
Almejo a chuva,
lágrimas de Deus e de pão,
sorriso forte em abundância.
Olho para o céu e vejo que tudo é fechado
e as colunas do tempo
eterno em cada um de nós
fazem a colheita da imensa plantação.


Palácio

Minha cidade inspira relembrar...
Suas ruas, seus becos e casarios,
tudo traz uma doce lembrança...
Mas, de todas, me inspiro
num lindo palácio...

Por ele passaram grandes homens
que deixaram suas marcas de glória
e também de escravidão.
Ele não possui grande ostentação...
Era uma das estruturas mais simples
para a época do ouro...

Palácio “Conde dos Arcos”...
Guarda um tesouro infindo
Mais precioso que ouro e prata.
Tesouro que jamais será esquecido,
a riqueza de nossa cultura e
a beleza de nosso patrimônio.

(Cláudia Miranda 4ª HM)
Os alunos e professores da escola com os vários moradores do Bairro João Francisco


Viva e Reviva

Sistema de Interno de Gestão ( SIIG )

Sistema de Gestão Escolar ( SIGE )

Educação para Todos

Governo do Estado de Goiás